sexta-feira, janeiro 08, 2010

EU É MAIS GAJAS


Reacções de um lésbico assumido, à porta da Assembleia da República

Gostei, até que foi giro, pá! Gostei porque há muito tempo que não via tantos deputados ali na assembleia mas foi um bocado chato a parte de estarem todos a portarem-se muito bem, sem as habituais palhaçadas que até costumam dar algum gozo à malta. Também gostei do nosso Primeiro a defender alguma coisa com tanto empenho como se fosse uma coisa realmente importante para si. Não estranhei ainda que ele abandonasse o Parlamento antes da votação final, pois nisto de política, podia-lhe sair alguma declaração menos ortodoxa e isto das escutas nunca se sabe onde é que elas estão, mas que as há, lá isso há! Quanto ao casamento, acho até muito bem, pois se os homens começarem a andar com outros homens é uma dedução lógica que vão sobrar algumas mulheres para os homens normais. Pessoalmente eu até gosto de lésbicas. Sinto apenas que não é recíproco, é cá um feeling que eu tenho, mas a verdade é que não sei bem porquê, mas até hoje nunca nenhuma correspondeu ao meu olhar à Zé Camarinha. Mas gosto a sério. Aliás nem sei bem porque é que uma grande maioria das mulheres hetero acha repugnância àquilo, preferindo mesmo ver dois homens a fazer aquelas coisas esquisitas que viram no Brockback Montain. Mas como até a minha velha pensa assim!... Os homens hetero não. Além de não acharmos uma relação entre duas mulheres repugnante - desde que nenhuma delas seja a Susan Boyle - ou impraticável, uma grande maioria chega a considerá-las mesmo excitantes, aquele tipo de trejeitos mais sensuais e delicados assim tipo José Castel-Branco numa versão feminina. Eu até acredito que se eu fosse mulher de certeza que era lésbica. Não gostei dos cowboys, cheguei à cena da tenda e desliguei logo a porcaria da televisão com medo que o espírito do velho Duke desse umas quantas voltas na campa, apesar da minha namorada me ter dito que o filme era muito bonito, assim e assado. Tão a ver, coisas de gaja achar piada a dois marmanjos aos beijos. Tenho ainda um fetiche por orientais, do tempo em que o Luis Represas cantava aquela música "Feticheira", mas não sou esquisito. Baixas, altas, mais cheias, tipo tábua de engomar, brancas, castanhas... é como dizia o ditado: Tudo o que vier à rede é peixe. Neste caso carne. Tudo menos pescadinhas de rabo na boca e lulas. Porque no fundo no fundo eu é mais gajas.

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