quinta-feira, dezembro 10, 2009

REPÚBLICA DAS BANANAS


Eu sei que são pessoas como nós. Têm famílias, riem, choram, comem, bebem, contam anedotas, dizem asneiras, tal e qual como qualquer um de nós. Mas calma aí! Em casa eu ando como eu quero. Fico em pijama, ando descalço, deito-me no chão e às vezes como com as mãos. No trabalho não. Num restaurante não. É uma questão de respeito, de responsabilidades e essas, têm-as tanto ou mais os deputados do que eu, perante o país, perante as pessoas que os elegeram (o povo) para que pudessem servir de exemplo e ajudassem a decidir o que é bom para nós. Pelo que vi esta semana, da "palhaçada" - e digo isto sem querer ofender os palhaços - ocorrida na Assembleia da República, duvido da sabedoria das nossas escolhas. A maior parte dos deputados não são exemplo para ninguém. São mal educados uns com os outros, não têm respeito pelos colegas ou pelos portugueses, conseguem faltar mais vezes numa semana do que alguns colegas meus em vários anos de trabalho, são irónicos, grosseiros, interesseiros e revelam um total desprezo pelos reais problemas do país e pelos portugueses, se no outro prato da balança estiver uma vitória do seu partido face à oposição. De outra forma não se veriam partidos a defender propostas que outrora rejeitaram quando feitas por outros e vice-versa. Por isso o partido que está no governo consegue vencer as eleições mesmo depois de tantas asneiras feitas nos últimos anos, porque a política em Portugal está podre. Os jovens tendem a afastar-se e a mostrar desinteresse pela política, faltam propostas sérias, objectivos (não chega reclamar do que os outros fazem), falta educação, faltam políticos que se preocupem, falta gente séria num país a chafurdar em corrupção.

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