sábado, dezembro 30, 2006

INTROSPECTIVA

Amanhã não posto nada. Vou passar a tarde a dormir para ir trabalhar à noite, logo a abrir o novo ano, que, repetindo o príncipal desejo realizado para o ano que agora finda, espero ser melhor do que este. O-Lado-B-Da-Vida vai manter-se para 2007, fruto de expectativas defraudadas, que o mantém actual nos seus príncipios. Continuo um Che sem Cuba, mas principalmente, sem coragem para uma revolução desde há muito adiada, embora necessária. Olho para os últimos anos - e não só os derradeiros - e encontro-me tal e qual hoje sou, ou estou. Talvez já não escreva tanto, mas isso não significa que tenha passado a viver mais. Não, é díficil encontrar a felicidade quando medimos as nossas expectativas de uma forma tão exigente, quando pensamos que ao pedir para nós um pouco de amor, um pouco de paz, um pouco de felicidade, estaremos a pedir apenas pouco. Quero tudo isso e mais. Quero novos desafios que me elevem a patamares mais elevados, quero receber e não apenas dar, quero partilhar, ter mais amigos, encontrar aquela alma gémea, luz e inspiração de quem tem vivido na sombra nefasta de medos e falsos moralismos, entre ideias pré-concebidas do que é certo ou errado. Para o novo ano que se aproxima eu quero mais, quero extravasar os meus limites, envolver-me a fundo na íntimidade quase profana dos meus desejos e ousar... a felicidade... porque a vida tem forçosamente de ser mais do que uma linha recta que não devemos transgredir.

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