segunda-feira, agosto 21, 2006

EXISTÊNCIA

Caminho debaixo de um Sol escaldante,
passo a passo num lençol dourado, que queima
arrasa e parece não ter fim.
Procuro a brisa num gole de água tépida;
Abraço a solidão que me rodeia e sufoca,
mergulho no calvário do meu fado, beijo
cada chaga que rasga este corpo. E encontro-te.
O teu sorriso quente refresca-me a alma
em ardentes promessas, estendes a mão à piedade,
abres-te em toda a tua infinita generosidade.
- Vem, vem!... e eu vou.
Caminho até à eterna escuridão
(da minha própria solidão).

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