terça-feira, maio 30, 2006

TRAVESTI

E o sol embora tóxico
no pulmão como um narcótico
veneno estranho, sádico prazer
num beijo roubado a um travesti;
Santo Graal dos meus Invernos,
a lua de fel dos meus amores
a vertente agrídoce, toda a dor
toda a dura pena dos meus escritos e poemas.
A pele rubicunda, os olhos cegos
ardem os costados de pele descascados,
sonhos de um Ícaro depenado
aos ombros de um Atlas desmembrado.

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