terça-feira, fevereiro 14, 2006

O DIREITO DE EXPRESSÃO


Semanas atrás pensei sériamente em modificar o meu blog, introduzir-lhe aquelas coisas que agradam à vista como imagens que piscam, música, etc. Hoje já não penso assim. Seriam apenas artíficios que desviariam a atenção do que realmente conta, que são as palavras, os actos, os gestos e o resto, em suma: os sentimentos. Para mim, o mais importante, a razão de existir deste blog és tu. Este é um novo espaço, destinado ao debate de ideias pacífico sobre determinados temas e onde tu também podes propor um tema. Mostra que tens opinião e que a vida não te passa ao lado. O primeiro destes temas é sobre os cartoons de Maomé. Onde começa e acaba a liberdade de expressão? Serão de quem os publicou, de quem os publica ainda e de quem os contesta uma forma de usar as pessoas, o povo, para atingir fins políticos? Na Inglaterra como noutros países, os muçulmanos temem a reacção violenta dos militantes da extrema direita e nos países muçulmanos à actos de violência contra as embaixadas dos países onde os cartoons foram publicados, atitudes irracionais que estão a mergulhar este assunto num oceano potencialmente sangrento de danos colaterais. Será sensato julgar um povo, ocidental ou árabe, pela atitude de umas poucas pessoas? Os americanos não se revêm todos nas atitudes de George W. Bush, mas são vistos pelo mundo árabe e não só como assassinos, enquanto as pessoas se manifestam com cartazes e cartoons com a imagem do Presidente norte-americano. E que pensariam os noruegueses ou os fervorosos católicos italianos se caricaturizassem Jesus com uma bomba ou padres em cenas de sexo explícito, tão condenáveis pelos mais retrógados pensadores do Vaticano? Qual a tua opinião?

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